Em resposta a nota “A casa vai (?) cair...” publicada pelo Blog do Velame, a prefeitura municipal de Feira de Santana enviou resposta negando qualquer privilegio a membros do governo. Segundo a explicação, o cadastramento de famílias no programa “Minha Casa, Minha Vida”, realizado pela Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária, não dispensa nenhum tipo de privilégio aos interessados em adquirir um imóvel nas condições estabelecidas pelo programa do Governo Federal. O secretário municipal de Habitação, Gilberto Ruy Souza, assegura que também não há nenhum tipo de ingerência no processo de cadastramento de famílias junto ao programa “Minha Casa, Minha Vida”. “Montamos a lista selecionando pessoas a partir dos critérios estabelecidos pelo programa, observando as exigências determinadas pela Caixa Econômica Federal”, explica, lembrando que o processo de seleção é feito pela própria CEF.

A reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo semana passada, que aponta a venda irregular de imóveis do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, em Feira de Santana, deixou alguns membros do governo municipal de “orelha em pé”. O receio deles é de que a denúncia de irregularidades desencadeie em auditorias nos cadastros de beneficiados pelo programa habitacional em outros condomínios.  A boca miúda comenta-se que alguns membros do governo usaram de suas influências no poder para serem beneficiados pelo programa mesmo sem atender as exigências necessárias para tal. Em um condomínio do bairro Sobradinho, por exemplo, uma ex-chefe de gabinete com salários superior a R$ 3 mil teria adquirido um apartamento destinado a pessoas com renda de até 3 salários mínimos. Caso o governo federal e a Caixa Econômica decidam mesmo realizar uma operação “pente fino” nos cadastros do “Minha Casa, Minha Vida”, em Feira, corre-se o risco de a casa de muita gente, vergonhosamente, cair. 

O Marialvo Barreto armou a jogada e a presidente Dilma – sabendo do esforço do vereador petista ou não – fez o gol. A denúncia sobre vendas irregulares de casas do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” feita pelo vereador na Câmara de Feira de Santana, em dezembro do ano passado, foi tema de reportagem veiculada pelo jornal O Estado de São Paulo, na sexta-feira (21). A presidente orientou o governo a retomar os apartamentos do Residencial Nova Conceição que foram vendidos irregularmente. A Controladoria Geral da União (CGU) vai analisar a necessidade de mudanças nas regras do programa para coibir a inadimplência nos contratos e, principalmente, o repasse indevido dos imóveis. Marialvo deu uma bola dentro, já para a cidade de Feira de Santana... pegou mal!

Já fizeram até música que dizia que morar na propaganda do governo estadual é um privilégio. Há pouco tempo, o governo federal investiu milhões em seu programa habitacional intitulado “Minha Casa, Minha Vida”, o qual oferecia oportunidades “nunca antes vista na história desse país”. Porém, o conto de fadas parece mais ser uma história da Carochinha. 

Quem for beneficiado pelo Programa “Minha Casa,Minha Vida”, vai ter uma surpresa quando estiver prestes a assinar o contrato de financiamento. Para ser contemplado pelo programa o interessado é obrigado a abrir uma conta na Caixa e, pasmem, depositar a “insignificante” quantia de mil reais. Esqueceram, claro, de avisar isso a seu João, pedreiro, à comerciaria Fabiana e todos aqueles que talvez trabalhem um mês inteiro para ganhar esta soma. A vereadora Eremita Mota (PP) chegou a denunciar os trâmites da Caixa definindo como “propaganda enganosa” e acabou repreendida por gerentes do banco, o que causou muita polêmica na cidade, mas diante do que se vê nas agências da Caixa a vereadora tem toda razão...